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sábado, 28 de julho de 2012

Realidade. (por: An Persa)

"Nos não temos futuro, temos apenas a realidade (...) eles, não tem futuro, mas também não possuem a realidade, nem mesmo a realidade eles possuem" 

Filme - Harmonia do Inferno
24/07/2012


Francesca Woodman

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Peidopofagia (Por: Marcel de Souza)

Em um blog feito por quatro museólogas, creio que essa é a postagem mais sensata dos últimos tempos!

Veremos como nosso convidado Marcel de Souza, extrapola o conceito de ready made, de seu xará Marcel Duchamp. Marcel assume a ideia de antropofagia, da semana de 22, transborda o no sense, mais do que cagar na obra "A fonte", Marcel, cria uma técnica de encapsulamento de peido, e um novo conceito, o da “peidopofagia”.

O artista, rompe paradigmas, lançando um novo conceito de objeto e de arte, para transgredir com as correntes da teoria museológica mundial, abrindo margens para discussões acerca do museu fenômeno, em um serviço de utilidade publica que passei entre questões próprias da arte e do saneamento básico.

O sofá é um museu de gases, todo sofá é permeado pelos gases de todo mundo que frequenta uma casa”

É um verdadeiro artista!

Vamos ao Happening!!!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

"não temos futuro, temos apenas a realidade"

Depois de sonhar tantos anos,
De fazer tantos planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos desenganos,
Nós nos abandonamos como tantos casais
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também
Depois de varar madrugada
Esperando por nada
De arrastar-me no chão
Em vão
Tu viraste-me as costas
Não me deu as respostas
Que eu preciso escutar
Quero que você seja melhor
Hei de ser melhor também
Nós dois
Já tivemos momentos
Mas passou nosso tempo
Não podemos negar
Foi bom
Nós fizemos histórias
Pra ficar na memória
E nos acompanhar
Quero que você viva sem mim
Eu vou conseguir também
Depois de aceitarmos os fatos
Vou trocar seus retratos pelos de um outro alguém
Meu bem
Vamos ter liberdade
Para amar à vontade
Sem trair mais ninguém
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também
Depois

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Poesia estúpida (por: An Persa)

“Já”

Essa resposta rasgava suas artérias em forma de pressão alta, suor, ódio, e tristeza profunda.
Todas as coisas virando fragmentos:
as músicas,
os objetos complexos
os objetos fúteis
objetos objetos
os objetos virtuais
objetos...
podem haver objetos subjetivos?

E assim lhe servia...
Desejando morrer e desejando nascer...
Desejando que tudo vá embora e volte,
Ofertando flores amarelas...
(as que ela mais gostava, Girassóis, pois ambos se pareciam)
...mas os espinhos de triz em triz arrombam as mãos, e quando chega ao outro, chega em mãos sujas de sangue e de ferida aberta.

Vês quem és?
Vê o que és e depois ao menos diga...
És, portanto, uma pessoa.
Para alguns estranha, como todas, para outros irritantes, como muitas, para mim burra, como só...

Desprezo,
O desprezo de errar e se esconder no erro do outro,
Anunciá-lo, não somente para ser maior, mas para se sentir menos culpado,
Enquanto diz que já não possui consciência, inevitavelmente "brinda" a insanidade...
Caiu de seu pedestal, mas ainda caminha em sua pose de Madona...

sempre haverá, alguém ao seu lado que pode liquidar-lhe a vida um dia! Não antes, porém, de me matar.

Sua pergunta lhe rasga as artérias, e em cada segundo que passa, o ponteiro chega mais perto da hora final do ódio... mas ele não chega.
Ecoa tua resposta:
“- Já”

Cansou.
Inevitável.
Toda máquina cansa de ser máquina, porquê o homem também não cansaria?
Viu que tudo ainda ainda é fragmentos...
Que certas coisas não passam de Poesia Vã...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

até que a morte nos separe e nos una outra vez (por: An Persa)

E quando olho o que vejo?
O que vejo?
Agora.
O que sinto?

Os olhos separados dos corpos; os corpos separados dos braços; as mão nas entranhas do couro da cabeça...

Nas entranhas; na fome; no frio da barriga; na andança da chuva e do minutio a minuto que não passa

Hora que não passa; hora errada; passos errados...
sem /cem horas para a próxima despedida; sem / cem horas após se negar a comida do almoço...
Chegar arrematado pela fome, e no primeiro garfo, a barriga vazia... a negação!

A chuva é ácida
O peito sente abraços de tigre.
Vou cair vou trovejar,
E a alegria de ver sorrir
De ouvir áquela voz que para sempre será lembrada
Olhos de filhos perdidos, de matilhas e matilhas de mães separadas

Aqui eu existo
No caos de todas essas palavras
Na busca por sua busca

É conflito flor,
É querer ir embora só para descansar um pouco
Só para chegar em casa e fumar todos cigarros do mundo
E dizer todas as palavras sozinho

e apenas um dia a mais querer estar de volta, em casa
Só em casa....

Canção de (A)Deus! (por An Persa)

Deus se calou,
Calou o amor, e a paixão...
Tudo desconstruido...
Deus!
Morto!
Calado!

pra sempre...

e nunca mais ouviremos ruido algum de que essas coisas todas existem.

Quantos traidores existem no seu lado esquerdo?
Quantos mais existem no seu lado direito?

Eu sei amor,
Que seu coração doeu,
Quando se viu no espelho e eu já não estava ao lado teu

Não te importa, se conforma, veja bem onde estou...
Na miragem,
Bem presa entre as margens de tua janela,
da tua vida,
tua alma,
no osso do teu pulso frio,
nos teus olhos castanhos
e no seu peito vazio

 E, quantos traidores existem no seu lado esquerdo?
Quantos mais existem no seu lado direito?

A esperança está a solta... vem correndo pra ao nosso encontro.
O pior dos males, a maior da pragas. Pandora assim o quis!


Então, Deus se calou,
Calou o amor, e a paixão...
Tudo desconstruido...
Deus! Morto! Calado!

pra sempre...
e nunca mais ouviremos ruido algum de que essas coisas todas existem.

Vou dar as costas!