Marcadores

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Self (por: An Persa)

Francesca Woodman
Já que tudo em que eu acreditava está morto, resolvo tapar meus ouvidos... vou também, me calar.
Vou calar, tanto o meu grito, quanto o meu silencio
Calarei todos os sambas e todos os repentes... e apagarei a luz da mais linda balada...


Irei alimentar os meus medos,
Eternamente irei lamentar o ser amado eternamente...
Lamentarei a tristeza de ser amado sem poder amar
Eu sou todo saudade...



Por dentro...
Não possuo palavras nem sentimentalidades;
Não carrego paz nem caos;
Não penso em ir nem quero ficar
calou-se o vulcão que em mim habitava!



A solidão se foi, e em seu lugar tenho meu eu
um ser sem memoria, nem sorriso, sem futuro, sem saber...
um ser sem origem, sem lugar, sem espirito
um ser em silencio, insignificante.


As palavras que de mim transbordam, não se unem em respostas ou em arte
as palavras que me faziam de discreto abrigo, secaram


que meu corpo seja perdoado, e não sofra flagelos, pois consciência não possuo... 
sou o vazio do vazio.