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terça-feira, 23 de abril de 2013

Os Marginais (por Aline)

Assisti em algum lugar o seguinte diálogo:

"- Vc está apaixonada por mim?
- Se eu disser que sim ganho tratamento especial?"

O diálogo não era bem assim, mas é como me lembro. O rapaz curioso para saber se é amado, e a menina, orgulhosa, querendo trocar a resposta valiosa (pelo menos para o rapaz, e para mim) por um tratamento melhor.
Na época extrai dessas duas frases, o que sempre acreditei:

1-  Nada como saber  que alguém gosta da gente, mesmo quando nos tornamos responsáveis por eles ("Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."- O pequeno príncipe).
2- As pessoas que se encantam pela gente merecem tratamento especial, mesmo que não compartilhemos do mesmo sentimento, pq elas gostam da gente,nos valorizam e merecem o nosso carinho.

Cresci aprendendo isso. E sinto que para viver bem, tenho que desaprender tudo. Pressinto que vivo numa sociedade que o bom é viver numa falsa liberdade onde ninguém gosta de ninguém. E se acontecer de gostar? Maltratarei, humilharei, até que me esqueça. Não é conveniente criar laços de afeto na atualidade.
Todos se dizem tão livres, mas já saem com suas armas em punho. Ser ou nao ser? Já era! Se apegar, ou não se apegar? Essa é a questão!!
Acabo o desabafo sem nenhuma conclusão... Talvez somente uma! A vida é feita de quatro letras que tudo cabem, altos e baixos, chegadas e partidas, idas e vindas , perdas e danos, onde os despreparados sofrem, choram se descabelam, escutam Celine Dion, mas no dia seguinte, tiramos a remela do olho, passamos o corretivo, e estamos prontos para outra sem arrependimentos, sem olhar para trás, porque fizemos o que podíamos. O sangue foi derramado, lágrimas cairam, visceras expostas, a doação foi completa. O fato de não ter acontecido, acontece.
Do outro ponto de vista, não sei... Cortei laços com os que vivem de acordo com os preceitos sociais, tanto para ser a favor deles, quanto para ser contra eles.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Uma dica de Xexéo (por Aline)

Não sabia dessa pitoresca informação, mas cá estou para transmití-la a minha amiguete de Blog, Iaia.
Abaixo,trecho da coluna de Arthur Xexéo no domindo dia 21 de abril de 2013.

"Nunca diga o nome de um filme de Godard em sua versão brasileira. "O demônio das 11 horas", então é, "Pierrot le fou", como no original "Masculino- Feminino" vira "Masculin- Féminin". Godard em francês é mais inteligente."

Esse post foi pra ela! Fã número o do cara! Beijos, sumida!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Pensar (por Aline)

Me disseram uma vez que quando você fala o nome de uma pessoa várias vezes, essa pessoa acaba pensando em vc.

Será que pensamos muito em alguém por que esse alguém está falando diversas vezes o nosso nome?

Há quem acredite que os pensamentos são livres.
Que mentira!!! Os pensamentos têm donos, muitos, vários, o mundo inteiro, e mais metade do universo, menos você.

O trabalho, a escola, o último filme, aquele livro, os momentos, os fatos, a realidade, o tempo, os amigos, a roupa, o comportamento, o outro, a hora, o prazer, a dor, ele ...

Ladrões do mais interminável ao mais fulgaz pensamento que pertence a todos, menos a vc.






quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dualidades (por Aline)


 
 
A noite e o dia
O médico e o monstro
A lua e o sol
O veneno e o remédio
A direita e a esquerda
O sagrado e o profano
O prazer e a dor
Amor e ódio
Masculino e feminino
A loucura e a sanidade
O singular e o plural
O normal e o diferente
O bonito e o feio
O branco e o preto
O alto e o baixo
O muito e o pouco
O sensível eo grosseiro
Casagrande e senzala
O estrangeiro e o brasileiro
Tristão e Isolda
Romeu e Julieta
O vazio e o cheio
O céu e a terra
Pai e mãe
Viver e  morrer
Parar e continuar ...

Poucos sintomas duais inevitáveis da contemporaneidade.

terça-feira, 16 de abril de 2013

De Hoje em Diante (por Aline)

Há algumas semanas atrás, passei por uma situação constrangedora , embaraçosa e humilhante. Tentei escrever, organizar os pensamentos, rever todo o acontecido de forma realística, mas nao consegui. Realizei raciocínios e tirei conclusões, porém não consegui construir a minha vida ainda.
Até que no domingo, 14 de abril, lendo a coluna de Martha Medeiros na Revista O Globo, de título " Quando eu estiver louco, se afaste" , tive uma iluminação que resume todo o momento que passei, passo e que infelizmente passarei ainda por mais um tempo. Eis o trecho:

"Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando " sou uma pessoa difícil", desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando - e claro que esses "outros" são seus afetos mais íntimos, pois com amigos e conhecidos eles são uns doces, a tal"dificuldade" que lhes caracterizasome como num passe de máagica. Onde foi parar o ogro que estava aqui?
Chega-se numa etapa da vida em que ser misericordioso cansa. Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e a direita, só nos resta nos afastar, mesmo. E investirem pessoas alegres, aducadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós. os fáceis."

E depois, ainda se queixam não ter sorte!!!!



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Caçada de Ana Martins Marques ( por Aline)



Fotografia de Amanda Gomes


E o que é o amor
Senão a pressa
Da presa
 
Em prender-se?
 
A pressa
Da presa
Em
Perder-se.
 
RETÓRICA: SERÁ?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sincronicidade ou a falta dela ( por Aline)

Às  sete horas queria, às onze não mais.
Tudo pareceu tão escolha do destino!
Se  não tivesse chovido, talvez chegaria mais cedo, talvez fizesse diferença. Será?
Ela chegou a dizer que não ia, em menos de um minuto resolveu ir.
Se tivesse falado com ele assim que o viu...
Se não tivesse lido o recado não teria se machucado. Pelo menos não tanto.
Se não tivesse ido, não tinha visto...
Teria ligado, e passado o final de semana juntos. ( ou nao, era admiradora da covardia)
Talvez houvesse diálogo, um término limpo, sem mágoas e ressentimentos.
Mas tudo indo, ou vindo, aconteceu somente porque ela, inocente, teve fé, consideração e respeito. Esperando o tempo todo que a história se gastasse, vendo até onde iria. Nunca imaginou que ele se nivelaria por baixo, e que a recíproca nunca foi verdadeira.


"Um homem pode aspirar à liberdade de viver sem pressões exteriores, mas ele nunca chegará a ter 'livre-arbítrio'. Nós não determinamos tudo que acontece com o nosso próprio corpo, pois nosso corpo é um modus do atributo extensão. Tampouco 'escolhemos' nossos pensamentos. Assim, o homem não possui uma mente livre, aprisionada num corpo mecânico."

Extraído do livro "O mundo de Sofia" de Jostein Gaardner

"Às vezes, nós estamos numa rota de colisão e nem sequer sabemos. Seja sem querer, ou de propósito,não há nada que possamos fazer."

Fala de "O Curioso caso de Benjamin Button"