Marcadores

quarta-feira, 18 de julho de 2012

até que a morte nos separe e nos una outra vez (por: An Persa)

E quando olho o que vejo?
O que vejo?
Agora.
O que sinto?

Os olhos separados dos corpos; os corpos separados dos braços; as mão nas entranhas do couro da cabeça...

Nas entranhas; na fome; no frio da barriga; na andança da chuva e do minutio a minuto que não passa

Hora que não passa; hora errada; passos errados...
sem /cem horas para a próxima despedida; sem / cem horas após se negar a comida do almoço...
Chegar arrematado pela fome, e no primeiro garfo, a barriga vazia... a negação!

A chuva é ácida
O peito sente abraços de tigre.
Vou cair vou trovejar,
E a alegria de ver sorrir
De ouvir áquela voz que para sempre será lembrada
Olhos de filhos perdidos, de matilhas e matilhas de mães separadas

Aqui eu existo
No caos de todas essas palavras
Na busca por sua busca

É conflito flor,
É querer ir embora só para descansar um pouco
Só para chegar em casa e fumar todos cigarros do mundo
E dizer todas as palavras sozinho

e apenas um dia a mais querer estar de volta, em casa
Só em casa....

Nenhum comentário:

Postar um comentário