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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Poesia estúpida (por: An Persa)

“Já”

Essa resposta rasgava suas artérias em forma de pressão alta, suor, ódio, e tristeza profunda.
Todas as coisas virando fragmentos:
as músicas,
os objetos complexos
os objetos fúteis
objetos objetos
os objetos virtuais
objetos...
podem haver objetos subjetivos?

E assim lhe servia...
Desejando morrer e desejando nascer...
Desejando que tudo vá embora e volte,
Ofertando flores amarelas...
(as que ela mais gostava, Girassóis, pois ambos se pareciam)
...mas os espinhos de triz em triz arrombam as mãos, e quando chega ao outro, chega em mãos sujas de sangue e de ferida aberta.

Vês quem és?
Vê o que és e depois ao menos diga...
És, portanto, uma pessoa.
Para alguns estranha, como todas, para outros irritantes, como muitas, para mim burra, como só...

Desprezo,
O desprezo de errar e se esconder no erro do outro,
Anunciá-lo, não somente para ser maior, mas para se sentir menos culpado,
Enquanto diz que já não possui consciência, inevitavelmente "brinda" a insanidade...
Caiu de seu pedestal, mas ainda caminha em sua pose de Madona...

sempre haverá, alguém ao seu lado que pode liquidar-lhe a vida um dia! Não antes, porém, de me matar.

Sua pergunta lhe rasga as artérias, e em cada segundo que passa, o ponteiro chega mais perto da hora final do ódio... mas ele não chega.
Ecoa tua resposta:
“- Já”

Cansou.
Inevitável.
Toda máquina cansa de ser máquina, porquê o homem também não cansaria?
Viu que tudo ainda ainda é fragmentos...
Que certas coisas não passam de Poesia Vã...

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