“Já”
Essa resposta rasgava suas artérias em forma de pressão alta, suor, ódio, e tristeza profunda.
Todas as coisas virando fragmentos:
as músicas,
os objetos complexos
os objetos fúteis
objetos objetos
os objetos virtuais
objetos...
podem haver objetos subjetivos?
E assim lhe servia...
Desejando morrer e desejando nascer...
Desejando que tudo vá embora e volte,
Ofertando flores amarelas...
(as que ela mais gostava, Girassóis, pois ambos se pareciam)
...mas os espinhos de triz em triz arrombam as mãos, e quando chega ao outro, chega em mãos sujas de sangue e de ferida aberta.
Vês quem és?
Vês quem és?
Vê o que és e depois ao menos diga...
És, portanto, uma pessoa.
Para alguns estranha, como todas, para outros irritantes, como muitas, para mim burra, como só...
Desprezo,
O desprezo de errar e se esconder no erro do outro,
Anunciá-lo, não somente para ser maior, mas para se sentir menos culpado,
Enquanto diz que já não possui consciência, inevitavelmente "brinda" a insanidade...
Caiu de seu pedestal, mas ainda caminha em sua pose de Madona...
Caiu de seu pedestal, mas ainda caminha em sua pose de Madona...
sempre haverá, alguém ao seu lado que pode liquidar-lhe a vida um dia! Não antes, porém, de me matar.
Sua pergunta lhe rasga as artérias, e em cada segundo que passa, o ponteiro chega mais perto da hora final do ódio... mas ele não chega.
Ecoa tua resposta:
“- Já”
Cansou.
Inevitável.
Toda máquina cansa de ser máquina, porquê o homem também não cansaria?
Viu que tudo ainda ainda é fragmentos...
Que certas coisas não passam de Poesia Vã...
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