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sábado, 17 de dezembro de 2011

Da lama ao Caos ( por Aline)


A revista Rolling Stone Brasil em outubro de 2007 publicou a lista com os 100 melhores álbuns brasileiros. Ela convidou 60 entendedores de música para votarem em seus 20 discos brasileiros favoritos, sem ordem de preferência. E assim foi montada a lista.
Não reproduzirei a lista, mas falarei um pouco sobre os discos que se encontram na lista e que também estão na minha lista pessoal. O primeiro disco escolhido foi “Da lama ao Caos” de Chico Science & Nação Zumbi, que é o primeiro disco de estúdio da banda e foi lançado em 1994. Foi o álbum de inauguração do movimento manguebeat e está na 13º posição da lista da Rolling Stone.

Para Baixar: http://www.4shared.com/file/Fs0EJlb2/Chico_Science__Nacao_Zumbi_-_D.htm

sábado, 19 de novembro de 2011

Estrelas ( por Aline)



Luz que apaga,
Escuridão.
Janelas se fecham,
Trancam-se portas,
Corpos se deitam,
Cerram-se olhos,
Entediados.

Ninguém indaga:
- E lá no céu, que luzes há?

Dois olhos se abrem,
Desmesurados.
No céu cintilam
Milhões, milhões
De mini lâmpadas
Bem espalhadas.

Só eles sabem
Que outras luzes luzem por aí...

Corre uma estrela
Mais outra corre
E some no espaço.
Querem ver mais
Dois olhos ávidos
Estrela que cai,
Sem nunca cair.

Será que alguém teve olhos
Pra ver o céu
Tão constelado!?


Inspirado no caminho feito pelo 368 (Serra).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

2 lados (por Aline)



A intimidade
Quem diria!
Traz desgraça,
Tem mau hálito,
Tem azia.
E não diz bom dia.

A intimidade
Quem diria!
É delicada,
É intima
E guarda os segredos
Dos desconsertos
Da vida.

sábado, 24 de setembro de 2011

Too Drunk to Fuck (por: An Persa)

Went to a party
I danced all night
I drank sixteen beers
And I started up a fight
But now I am jaded
You're out of luck
I'm rolling down the stairs
Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk to fuck
I love your stories
I like your gun
Shooting out truck tires
Sounds like loads and loads of fun
But in my room
Wish you were dead
You ball like the baby
In Eraserhead
Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Hmm
Too drunk to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk to fuck
Oh je suis trop bourrée
Pour baiser

Me mata... (por: an persa)

Eu não tenho peito nem bunda
Meus cabelos caem nas suas mãos
Minha boceta não goza
E em meu cu não cabe seu amor

Me ame...

mesmo que em meu cu não caiba tanto amor
me ame

viva e aprenda a jogar

Corazón!
mi amor!
te quiero, te deseo!
Deseo por todas las noches y todos los días, mi amor
todas las noches y todos los días, mi amor
las noches y los días, mi amor
mi amor...

VIVA OU DEIXE MORRER

Play it cool,
moun amour

Te dou colher... (por: an persa)

Você me acha bonita? Me acha gostosa?
Aposto que você é um desses
muito previsíveis, muito óbvios pra ficar comigo...

Busca cabelos grandes e volumosos, pele embolsada de pós e cores...
salto agulha, saia colada, shorts curtos, barriga de fora,
peitos grandes e bunda larga...

eu
tão pequena, murcha e tão escondida...
você me olharia?
Nunca me olharia!

Eu esperando que você me mande ir ao seu encontro

eu irei, desfilando pelas ruas
Sentindo os desejos dos outros de ser eu
estar em meu lugar; de ser sua como serei
Ser mulher
Não por ti, ou por mim... mas pelo SER

Mas você é como todos os outros,

é diferente.
Diferente do diferente

É o grande “amor”, o frenesi das carnes dos corpos...
depois VOU-ME EMBORA
e quando você me quiser rever...
terá porta aberta para o seu besouro e seu beija flor

Mas você não me olharia porque nunca me olhou quando pôde
Não olharia porque nunca teve uma mulher...

Você sabe o que é uma mulher de verdade?
Já viu uma dessas na sua frente, já teve alguma em sua cama?

Uma que queira tanto seu corpo
Mesmo que ele esteja caído....

Uma que queira tanto seu corpo caído
que costure suas roupas;
e as lave e passe
que leve comida pra ti

Uma que queira tanto seu corpo caído
que aceite seus filhos, suas amantes
seu pouco dinheiro, sua pouca atenção

Uma que queira tanto seu corpo caído
que divida as contas e deixe de comprar lingerie
e passe a fazer só papai-mamãe

Uma que queria tanto seu corpo caído
que faça todas as putarias com você
pra que não precise procurar outra
Outro amor mal amado, remoido, recaido...

Sabe que eu transaria no carro, com a luz do poste acendendo e apagando
E num motel sujo,
Na rua, atrás de uma combi com escudo do botafogo
ou na esquina mesmo...
...com as luzes dos carros me cegando...
...desviando a minha visão dos seus olhos

Você sabe que eu entraria num banheiro de posto de gasolina
só pra chupar você e sentir o gosto do vinho misturado com teu gozo misturado na saliva?
Que te chuparia enquanto o carro entra no lava-jato
e te faria gozar antes do carro sujo aparecer limpo do outro lado?
Que eu treinaria minha vagina pra te mostrar um abraço de um orgasmo de verdade?
Que eu guardei meu cu só pra você comer primeiro...
...mesmo a boceta tendo sido de outro antes

Já pagou pra uma dessas?

que seja a mãe de todos os seus filhos e de nenhum deles
que pareca fraca; feia; delicada e frágil como uma velha ou uma criança
que seja forte o bastante pra ser sua mãe,
... e seus irmãos, suas tias e tios e amigos e primos
... e avós e avôs, vivos ou mortos,
Uma que possa ser seu pai morto os filhos que possa ter

Garanto que nunca esteve diante de uma dessas...
que seja tudo e todos em uma só
Tudo o que você já teve foi:
peito e bunda e cintura e só boceta e só cu...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Utilidade Pública ( por Aline)


Acabou Chorare é o segundo disco dos Novos Baianos. Ele foi lançado em 1972 pela gravadora Som Livre. Adotando a guitarra expressiva de Jimi Hendrix e a brasilidade de Assis Valente, e sobretudo a influência estrondosa de João Gilberto, que também serviu de mentor do grupo na época da realização do disco, o grupo realizou uma obra que apresenta grande versatilidade de gêneros musicais.


Quase 40 anos após seu lançamento, o álbum permanece como um dos mais importantes da música popular brasileira.Em 2007, na eleição de Lista dos 100 maiores discos da música brasileira feita pela Rolling Stone, Acabou Chorare aparece em primeiro lugar, sendo considerado obra-prima pelos estudiosos, produtores e jornalistas convocados para a votação.

Não é uma família. Talvez um time. NOVOS BAIANOS. Mais perto do som. No seu mundo subterrâneo. À beira do abismo. Por fora de 'Ismos'. Na porta. Varrendo o terreiro. Lavando os pratos como quem faz música. Sem prantos, no fonte, na boca da criação... (...)
— Luiz Galvão, letrista, biógrafo e mentor intelectual do grupo, no encarte de Acabou Chorare.

Para baixar: http://www.4shared.com/file/7UVAg4ub/NovosBaianos-AcabouChorare1972.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Não sei ( por Aline)




Não sei de canto ou se choro
Se floresço ou me desfolho

Não sei se venho ou se volto
Se semeio ou se recolho

Colcha de muitos trapos
Neste mundo de farrapos.
De mim, nada sei:
Não sei nem mesmo se existo,
Ou se fui eu que me inventei.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ao Caralho (por: an persa)

Anseio...

Pelo corpo anseio

Pelos fios

Por uma idealização...

Não decorei como é teu rosto

Não me lembro de ti

Não consigo visualizar-te

Só o seu "amor" é o que me importa!



Úmido...

Teu corpo nu sobre o meu

Tua violência e teu carinho

Que eu seja amada

É o que importa

Como idealizo

É o que importa



O que idealizo

Se resume a uma única coisa

Ser amada

Ser violentada por ti

Ser tudo

E tudo é:

O teu corpo nu sobre o meu


E como é mesmo teu rosto?

Como é mesmo teu nome?

Medo...

Fuga

Solidão

Tão somente para

Evitar um encontro certo com a realidade....


Como me tocas com

Minha própria imaginação?


Que sejas eu uma puta

A piranha

A puta

Ser tua puta é viver


Por que toda a tua "poesia"

É para que Nenhuma goste

Por que toda tua "poesia"

É para que as mulheres tenham nojo de ti

Por que toda essa "poesia"

Ás mulheres não tocará

Nenhuma mulher gostará


Por que toda essa sua "poesia"

Não serve ás mulheres

Não beija, morde!

Não fertiliza, mata

Dói.



Exceto eu,


Que não sou mulher

Que sou tua puta, piranha

Que quero engolir todos os versos de sua "poesia"

E idealizar...

Quanto "amor" vc possui para dar?


É tanto! E eu quase não aguento!



Traduzindo:


poesia é o teu pau

amor é trepar com vc

e sobre eu ser A PIRANHA = achei romantico quando me disse isso!

realmente não sou qualquer piranha, EU SOU A PIRANHA!

e todos tem inveja de vc porque EU sou A PIRANHA que está dando pra vc!
e todos tem inveja de mim porque é a sua "POESIA" que tem me satisfeito!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

#santateresa



Arnaldo Antunes - Longe

Onde é que eu fui parar?
Aonde é esse aqui?
Não dá mais pra voltar
Por que eu fiquei tão longe?
Longe...

Onde é esse lugar?
Aonde está você?
Não pega celular
E a terra está tão longe
Longe...

Não passa um carro sequer
Todo comércio fechou
Não tem satélite algum transmitindo
notícias de onde eu estou




Nenhum email chegou
Nem o correio virá
E eu entre quatro paredes sem porta
ou janela pro tempo passar

Dizem que a vida é assim
Cinco sentidos em mim
Dentro de um corpo fechado
no vácuo de um quarto no espaço sem fim

Aonde está você?
Por que é que você foi?
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe
Longe...

Não dá mais pra voltar
E eu nem me despedi
Onde é que eu vim parar?
Por que eu fiquei tão longe?
Longe, longe, longe, longe
Longe, longe, longe

Seis, cinco, quatro, três, dois, um.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Segundas Chances (por Aline)

Essa é uma história de mal início e final em aberto. Há uns 3 anos atrás fui num show do Seu Jorge e o show de abertura era da Silvia Machete. Ela subiu no palco , e uma imagem que inicialmente foi “amigável” dentro de 15 minutos ficou insuportável. Olhava aquela mulher com um pombo na cabeça  cantando uma música, pra mim, duvidosa e ficava irada.
Dia desses escutei o segundo cd de estúdio da cantora, Extravaganza e gostei muito.


Vale conferida: http://www.4shared.com/file/0-BWl_pT/Silvia_Machete_-_Extravaganza.html


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cru... (por: an persa)

Seus fluidos ainda lambem minha garganta
Sua barbar ainda arranha minha virilha
Sua mão ainda queima em meu rosto, em minha bunda

Me lambe
Me morde
Me bate
Me estrangula
Me leva caralho!

Me leva para o teu amor tão frio quanto a morte
Para o teu amor grosso e cruel
Para o teu amor grande e estupido
Para o teu amor que é TANTO que dói
É tanto que fode comigo

E mesmo assim...

No seu peito nu estive em casa
No seu peito nu me viro, me conjugo
Todas as formas do meu corpo
Todos os meus botões
De um extremo a outro
O teu peito nu me levou

Eu estremeci
Nunca morrerá
Nunca morrerá comigo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meu novo amante ( por Aline)

Pois é... Quando achamos que estamos totalmente conquistados aparece outro e nos faz de gato e sapato, nos joga na parede e nos chama de lagartixa. Quando achei que estava totalmente entregue a Marcelo Jeneci aparece na minha vida Domenico Lancellotti e seu encantador Cine Privê, seu primeiro álbum solo pelo selo Coqueiro Verde.





Apaixonando-me...

http://www.mediafire.com/?vg35vmbtxlq7zwz

sábado, 20 de agosto de 2011

A Busca ( por Aline)


Foto de Aline Pereira da Silva

Procuro perceber seres e coisas por tua elevação.
Mais que o clarão – a luz!
Mais que o ritmo – a harmonia!
Mais que o perfume – a essência!
Mais que a atração – o amor!
Mais que a existência – a vida!
E além do fim – a eternidade!



terça-feira, 16 de agosto de 2011

E o Kikito vai para ... (por Aline)


Do dia 5 a 13 de agosto aconteceu na cidade de Gramado, o 39º  Festival de Gramado. Abaixo a lista com os vencedores:

NACIONAL


Melhor Filme: Uma Longa Viagem, de Lucia Murat
Melhor Montagem: Leonardo Sette, As Hiper Mulheres.
Melhor Fotografia: Roberto Henkin, O Carteiro.
Melhor Roteiro: Gustavo Pizzi e Karine Teles, Riscado.
Melhor Atriz: Karine Teles, Riscado.
Melhor Ator: Caio Blat, Uma Longa Viagem.
Melhor Diretor: Gustavo Pizzi, Riscado.
Prêmio Especial do Júri: As Hiper Mulheres, Leonardo Sette, Carlos Fausto e Takumã Kuikuro.

INTERNACIONAL

Melhor Filme: Medianeiras, de Gustavo Taretto.
Melhor Fotografia: Serguei Saldivar Tanaka, La lección de Pintura.
Melhor Roteiro: Sebastián Hiriart, A Tiro de Piedra.
Melhor Atriz: Margarida Rosa de Francisco, García.
Melhor Ator: Gabino Rodríguez, A Tiro de Piedra.
Melhor Diretor: Gustavo Taretto, Medianeiras, e Sebastián Hiriart, A Tiro de Piedra.
Prêmio Especial do Júri: Las Malas Intenciones, Rosario Garcia-Montero.

domingo, 7 de agosto de 2011

Meu Momento pashmina (por Aline)

Sem sombra de dúvida o acessório que mais usei durante esse inverno, e pretendo usar durante mais algum tempo, é a pashmina. Muito democrática pode ser usada tanto no inverno quanto no verão, assim garantindo a alegria de quem ama adornar o pescoço.

Abaixo, um vídeo que ensina 25 formas de usar a pashmina.

 
 
Curto especialmente as formas: The Modern Onde Loop, The Bunny Ear, The Infinity, The European Loop, The Wrap e The Waterfall.

Agora é só arrasar!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Ana Beatriz (por Aline)

“Ana Beatriz e Paulo Roberto ainda não se conhecem, mas foram feitos um para o outro. E desde cedo o dia promete... ser igual a outro qualquer.”


É assim que o portacurtas.com.br descreve “Ana Beatriz” curta– metragem de 2008 da diretora e roteirista Clarissa Cardoso. Que ganhou os prêmios: Melhor Roteiro no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2008; Melhor Montagem no Festival de Cine de Elche 2009; Prêmio Porta Curtas no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2009.

Essa simples e banal história de amor é tudo que uma mulher deseja. Abaixo ao uso da poesia de outro, e usem a poesia dos olhos que dizem tudo com tão pouco. Fora com declarações em redes sociais, e concentrem –se nas declarações feitas nos momentos estratégicos, quando o mundo não ajuda e só queremos nos sentir amadas.

Esse curta é um achado espero que gostem!!!!

http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=8889&exib=5937

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Heróis ou Vilões? (por Aline)

Somos vilões ou mocinhos da história que construímos todo dia quando acordamos,e terminamos quando vamos dormir?

Quantos amores matamos?
Quantas palavras morrem nos lábios?
Quantos atos perdem a força?
Quantos julgamentos, pensamentos e ideias erradas passam por nossas cabeças?
Sinceramente não faço ideia... Talvez sejamos mocinhos, reféns do nosso tempo, do nosso querer, da nossa vida.
Termino o post acreditando que somos mocinhos, mas definitivamente não somos heróis.


*Post livremente inspirado no filme "Mais Estranho que a Ficção".

terça-feira, 19 de julho de 2011

A vida está aí.


O poema é da Nara Mourão, que é quem escreve no blog da loja Chico Rei - uma loga virtual de camisetas meeega descoladas. A loja imprimiu as suas lindas palavras e usou o poster, como embrulho, para as compras realizadas. O colorido, assim como a fotografia, são da minha querida-artística-eu-vejo-a-vida-diferente-amiga: Nayara Cavalini.

Sobre as palavras, se eu puder viajar um pouquinho... Eu diria que isso tudo é um tanto João Guimarães Rosa. Vocês sabem! "Infelicidade é uma questão de prefixo." e "Viver o senhor já sabe: Viver é etcétera.". Pois é... Que possamos absorver para as nossas vidas um pouquinho disso tudo; todos os dias! Simples assim: A VIDA ESTÁ AÍ. E a gente segue. :)

Festival do Cinema Fantástico do Rio de Janeiro ( por Aline)

Mais de 50 filmes de ficção, fantasia e terror, entre longas e curtas-metragens, serão exibidos no Festival de Cinema Fantástico do Rio de Janeiro, que tem seu início no dia 19/07/2011 e vai até o dia 24/07/2011 na Caixa Cultural Onde: Caixa Cultural Rio de Janeiro (Av. Almirante Barroso, 25 - Centro ). O evento é uma oportunidade única de assistir a uma série de produções inéditas no país, inclusive algumas que foram censuradas mundo afora. Para melhorar, os preços dos ingressos são simbólicos: R$ 4 (R$ 2 a meia).


Vamos todos nos apavorar !!!

A programação completa no site http://www.riofan.com.br/programacao.html

domingo, 17 de julho de 2011

Quem gosta de cookies???


Ultimamente tenho andado muito ocupada. Confesso mesmo que estou sumida. Apresento a vocês duas coisas que tem ocupado arduamente o meu tempo: Game of Thrones e o trabalho.

Para Game of Thrones prometo fazer um post exclusivo! Esse aqui terá como pano de fundo o trabalho.

Trabalhando com seis mulheres e um homem, os tópicos das conversas variam entre relacionamentos e cozinha; cozinha e relacionamentos. Podemos concordar que são assuntos que tem uma certa ligação.

Em um desses papos, foi-me apresentado uma boa receita de cookie. E um interessante blog de culinária americana: o Cinara’s place. Umas das meninas que trabalha comigo falava muito da receita de cookie com M&M’s. Contava que fazia a receita para o namorado e para a irmã, quando esta vinha visitá-la. Ela não se considera uma cozinheira de mão cheia e diz que se ela consegue fazer, qualquer um consegue.

Fiquei muito interessada na receita, tanto que resolvi fazer nesse último final de semana. E o resultado foi: a receita é ótima e facílima de fazer!!!!

Biscoitos com Confeitos Coloridos (por Cinara's place)
1 xícara de margarina (200g = dois tabletes)
3/4 de xícara de açúcar
3/4 de xícara de açúcar mascavo
2 ovos
2 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de bicarbonato
3/4 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 xícaras de confeitos coloridos (M&Ms ou similar)
Pré-aqueça o forno a 180o (médio-baixo). Bata a manteiga com os açúcares na batedeira até obter um creme claro e leve. Sem parar de bater, acrescente os ovos. À parte, misture a farinha, o bicarbonato e o sal. Acrescente a mistura ao creme às colheradas, sem parar de bater, até ficar liso. Acrescente a baunilha. Pare de bater. Com uma colher, misture os confeitos à massa. Com uma colher de sobremesa, coloque porções da massa em uma assadeira não untada, deixando cerca de 4cm entre elas. Asse por 10 ou 12 minutos ou até dourar as bordas. Retire da assadeira e deixe esfriar sobre uma grade. Não guarde os biscoitos quentes: eles ficam murchos. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Brilho Eterno de uma mente sem Lembranças ( por Aline)

Os relacionamentos não são coloridos e felizes como vemos nas redes sociais. E é sobre o lado negro e colorido do casal Joel e Clementine, interpretado majestosamente por Jim Carrey e Kate Winslet, que se trata Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.


A história é a seguinte: Joel descobre que a  sua ex-namorada Clementine o pagou de sua memória  após o término do namoro. Chateado, ele procura um médico para fazer o mesmo procedimento. Mas conforme Clementine vai sendo apagada de sua memória, Joel se dá conta de que ainda a ama, e que não deseja apagar o amor dos dois.

Talvez falte um pouco de romantismo e sentimentalismo, mas acredito que o diretor Michel Gondry optou por mostrar algo real. E nós que já sofremos por amor sabemos que a realidade não é mole não. Porém é impossível não se emocionar ao ver o desespero de Joel quando a sua amada começa a ser apagada. E torcemos o tempo todo para que ele consiga interromper o processo, provavelmente por saber que isso é impossível. Mas no fim há uma luz fria no fim do túnel, possibilitando aquele calorzinho no coração.

Parabéns a Charlie kaufman por escrever um roteiro tão tocante e universal. Afinal quem nunca quis apagar aquele alguém que o magoou?  Mas como Kaufman diz: podemos apagar as memórias da mente, mas nunca os sentimentos da alma.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Apanhador de Sonhos (por Aline)


"No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Eles vem de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins. A teia quando pendurada se move livremente e consegue pegar sonhos, quando eles ainda estão no ar. Os bons sonhos sabem o caminho e deslizam suavemente pelas penas até alcançar quem está dormindo. Já os ruins ficam presos no círculo até o nascer do sol, e desaparecem com a primeira luz do novo dia"
Esse círculo é conhecido como Apanhador de sonhos.Trata-se de um instrumento de poder para assegurar bons sonhos para aqueles que dormem debaixo dele, e também para trazer visões. Geralmente são colocados onde a luz bate pela manhã, em frente a janela.
Inspira a visão e o poder para trazer nossos sonhos até a realidade. Para se obter independência e coragem, para rompermos com armadilhas que criamos, sejam emocionais ou espirituais. Para rompermos a teia da ilusão, construirmos novos sonhos, para sonharmos mais, para tecermos nossa própria vida.

Bons Sonhos !

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palavras Não Falam ( por Aline)

Palavras Não Falam

Mariana Aydar

Composição: Kavita

"Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Só palavras
Só palavras..."

Eis a música para baixar: http://www.4shared.com/audio/gfBYJMKK/Palavras_No_Falam_-_Mariana_Ay.htm

Mas para quem prefere conferir o álbum todo: http://www.4shared.com/file/nOX-bkbF/Mariana_Aydar_-_Peixes_Passaro.htm

terça-feira, 28 de junho de 2011

Palavras ( por Aline)



Às vezes, penso nas palavras.
No mistério das palavras.
Esse mistério
Que me derruba, quando eu penso em levantar.
Que decepciona, que engana e que pode me fazer tropeçar.

Ás vezes, eu penso também,
Que as palavras podiam ser coloridas:
Verde de verdade,
Amarelas de suspeita,
E vermelhas de perigosas.
Como o sinal da esquina.

Mas, pensando bem não ia adiantar muito.
Dia desses
Acreditando no verde do sinal,
Quase acordei no azul do céu.

domingo, 19 de junho de 2011

Crepúsculo dos Deuses (por An Persa)*

Neste poste, divido com vocês minhas anotações da aula sobre o filme "Crepúsculo dos Deuses" do primeiro módulo (O Perspectivismo) do curso de História da Filosofia em + 40 filmes, para abrir o poste, selecionei o Trailer do filme, não é o oficial e infelizmente não tem legenda, mas resolvi postar mesmo assim porque achei este mais completo, porque oferece algumas informações sobre os atores. Para quem já assistiu ao filme ou pretende assistir fica fácil entender.

Aproveito ainda, para passar o link para fazer o download do filme:




Billy Wilder (1906-2002)

Polonês e Judeu, foi para a Alemanha para viver de cinema, mas teve de fugir para Hollywood na segunda guerra, quando perde seus pais em Auschwitz. Torna-se o principal nome do cinema hollywoodiano de seu tempo.

Filmografia:

Farrapo humano (1945)
O pecado mora ao lado (1955)
Quanto mais quente melhor (1959)
Beija-me idiota (1964)
Amigos amigos, negócios a parte (1981)
 
O filme: Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard - 1950)
Sombrio e cômio, marcado por diálogos ágeis e cínicos, construindo um retrato específico do fracasso e dos projetos que somos: Heidegger e Sartre - a vida é um projetar-se, a doação de sentido é como um tijolo mas a construção é passível de ruína. Vemos no filme uma mansão em ruínas, Norma, a dona da casa tem seus projetos em ruínas, por isso sempre está a beira do suicídio, despencando do que pensa ser.
O filme nos conta uma historia a partir de um ponto de vista privilegiado. Gilles, o narrador personagem, nos apresenta a sua versão dos fatos, e os personagens todos são versões de como ele percebe os outros. Os personagens estão em função de um mesmo.

O filme pode ser dividido em três perspectivas

I. Perspectiva de Wilder:

O diretor afirma que com este filme ele quis “retratar a vida em Hollywood”. Wilder não atribui adjetivos ao retrato que apresenta, apenas mostra os efeitos desse ambiente nas pessoas. Outra frase do diretor nos dá a dimensão do que ele quis mostrar:  “em Hollywood os sonhos se realizavam ou morriam”.
Sonhos são projetos e a morte deste é a morte do homem, portanto, nada melhor que um morto como narrador. A pergunta do filme é: “até que ponto estamos dispostos a chegar?”

Entrelaço ficção e realidade – a realidade (do / no) filme:

O filme retrata a decadência da Hollywood do tempo do diretor. Foram usadas locações reais, que de fato possuíam a áurea do filme:

O casarão que vemos possuía intimamente o contexto do filme, inclusive a dona verdadeira do casarão era como a dona da casa no filme. Os estúdios que são apresentados eram de fato estúdios da Paramount, e De Mille, que representa a si mesmo como o maior diretor da época, realmente estava filmando Sansão e Dalila (um filme dentro do filme). 

Gilles, quem nos narra suas memórias póstumas, seria uma versão de Wilder fracassado, que se une aos restos de sonhos (Norma) em nome da sua ganância. Wilder foi Giles até certo ponto, o diretor vingou mas seu personagem não. Na Alemanha, Wilder era um jovem querendo fazer seus filmes, impossibilitado, ele saia com velhas ricas para manter certa posição.

William Holden que interpretou Gilles: era um ator de filmes menores, mas chega a ganhar notoriedade a partir desse filme, onde, de certo modo, interpretava a si mesmo.
Gloria Swanson que interpretou Norma: tal como no filme, foi uma grande estrela do cinema mudo, e assim como muitas, perdeu espaço na era do cinema falado, por conta das performances carregadas. Entretanto a atriz não estava no ostracismo, era ativa, fazia programas de rádio.

Stroheim que interpretou o mordomo Max: foi de fato um gênio que nunca se realizou por completo, fez historia no cinema com clássicos como "Coração da humanidade (1918)""Agrande ilusão (37)"

Assim como no filme, o Stroheim, como diretor, fez de Swanson uma estrela do cinema mudo, dirigindo-a em filmes memoraveis, inclusive, quando a personagem Norma assiste a um de seus filmes com Gilles, a cena que vemos é do filme “Minha Rainha” dirigido por Stroheim, o fracasso que sepultou Swanson, depois deste filme diretor e atriz, que eram casados (assim como no filme de wilder) só voltaram a se falar para fazer Crepúsculo dos Deuses, redendeu a ela uma indicação ao oscar de melhor atriz em 1951. 
 
Hedda Hopper: de fato uma fofoqueira social, por isso dá a noticia da morte de Gilles no fim do filme

Bonecos de cera: tem uma intenção ambígua, pode soar como homenagem ou cínico, uma ode, ou ódio, mas de todo modo mostra a marginalização do cinema mudo.
1.Keaton: diretor que fez em “O homem das novidades” o mesmo que Wilder em Sunset Boulevard, acaba com sua produtora 30 anos antes de Wilder acabar com a Paramount.
2.Chaplin: também está presente no filme como uma estrela esquecida .
3.Anna Nilsson: é uma pré Greta Garbo
4.Warner: fez o filme “Rei dos reis”, onde foi o personagem principal e só, mostra o stigma de personagens grandiosos de mais.

Vemos que o filme conta com a participação de grandes ícones do cinema, o que nos faz perguntar como estes puderam aceitar representar nesse filme, o mais ácido filme hollywoodiano sobre Hollywood.
 
II. Perspectiva do personagem narrador:

Walter Benjamim proclama a morte do narrador. Em uma leitura histórica, a morte abre novas narrativas e acaba com outras, pois, a oniciência é uma propriedade divina e por isso não existe, deste modo, a morte do “narrador” está vinculada a própria morte de Deus, qualquer outro narrador é parcial, e por isso, não pode dar a versão completa.
No filme há um narrador oniciente, mas que sabemos ser parcial, acirrando a falta de convivência entre as pessoas, nossas relações com os outros são relações virtuais, porque nos relacionamos com a versão que fazemos do outro.

A cena de abertura é uma provocação para a versão em retrospectiva, junta pontas e monta figuras tentando fechar a trama em um circulo, e para isso, manipula. Vemos o narrador em um circulo hermenêutico (revisionismo) sobre si, busca a compreensão de si; a valorização das experiencias (a comunicação na obra de arte).

Gilles narra os fatos em primeira mão, antes dos jornais (outras versões), conta o que se vê, e o que não se vê, a revelação de si entre o narrado e o omitido. Difere personagens e narrador mostrando-se perigoso e malandro que lança o anzol para fisgar Norma. No fim, vemos que a lógica se inverte, vemos norma enterrar seu animal de estimação (um chimpanzé) quando Gilles chega, seria ele o novo macaco, mas o dado nos escapa, porque o narrador nos manipula.

Quem pretende estrelar Salomé, é Norma, e é ela quem beija o morto, Gilles vira um marionete, e assim como ele a realidade está afogada no jogo das perspectivas, passa de macaco a vira lata sem passado (na fala de Max ao telefone). Gilles começa a falar de si na terceira pessoa, não sabe quem é. A personagem Betty é como a vida com quem ele sempre flerta mas não casa, abre mão do amor para ser gigolô, possui um desprezo por si mesmo, e Desprezo é um tema recorrente na linguagem de Wilder.
 
III. Visão de Norma (fora da realidade)

Norma é uma hipérbole com lente de aumento, vive em uma redoma de ilusão (Heidegger – ser no mundo e ser com). O personagem Max tenta manter o minimo de organização no mundo de Norma. Gilles morre por querer destruir a redoma/mundo de Norma, na ótica de Gilles ele a está salvando.

Max está tão comprometido com Norma, que ela passa a ser seu mundo, ela é seu projeto (Max fez de Norma uma estrela, manter a luz da estrala é seu projeto). A mansão é lunática, como a dona, exagerada. Em seu onírico retorno, Norma age como se estivesse em um filme, vive como quem contracena, defende o cinema mudo, assume falar com os olhos, que o cinema é mais cinema sem a voz.

Interesse e desejo: Niet e Freud – todos enxergam o que ela não vê, que o seu tempo já passou, mas Norma cria sentidos para se proteger, como o último a saber, não sabe porque não quer ver. Na cena em que Betty descobre o segredo Gilles, vemos que ela também escolhe o que quer ver, mas Gilles se remoeu, acreditando que ela precisava ver.

Sempre o último a saber, porque? Porque não quer saber, mostrando que serve pra todos e não somente para os loucos. A doutrina do ponto de vista (Ortega y Gasset) – o ângulo é a lei, não podemos subtrair o olhar. O crime de Gilles foi quebrar a redoma de Norma, ela não duvida do seu ponto de vista, se assim fosse morreria, ela mata Gilles para não morrer.

Nas cenas finais as câmeras dos jornais, aumentam o delírio de Norma, neste momento Max vira De Mille e de algum modo Norma se realiza. Hedda Hopper e o exercito sem coração vêm a noticia espetáculo mais importante do que a pericia médica.



“Ei la sobre as câmeras, a vida foi estranhamente piedosa com Norma. O sonho com o qual se agarra acabou por envolve-la”

Close up final, Norma fora de foco, sombria e assombrosa.
E como comentário pessoal, a atuação de uma estrela muda, que fala maravilhosamente!

*Anotações de aula; Alexandre Costa; Historia da filosofia em + 40 filmes


Peço desculpas pelo tamanho do poste, mas realmente é difícil resumir quando tudo o que se vê parece importante e interessante, ficarei feliz em receber comentários de quem tenha visto o filme e lido minhas anotações.
Seguindo o contexto do modulo Perspectivismo, nada neste poste foi retirado de minhas opiniões pessoais, tudo foi anotado durante a palestra. Caso haja alguma batatada de minha parte, nada mais é do que o efeito do meu modo de ler o mundo, intrinsecamente às minhas anotações, está a minha perspectiva disso tudo. 

domingo, 12 de junho de 2011

O amor nos tempos de Cólera (por Edgar)


Queria saber se alguém leu O Amor nos Tempos do Cólera? pra quem não leu vai um resuminho básico:

Florentino Ariza, durante 53 anos amou Fermina Daza. Quando jovens o casal estava junto mas ao mesmo tempo separado, e trocavam cartas melancólicas via telégrafo. Quando se encontraram Fermina percebeu que desgostou de Florentino e pediu para que ele nunca mais a procurasse. Passados tempos Fermina Daza se casa com o Doutor Juvenal Urbino. E 53 anos depois, no dia do velório de Juvenal Urbino, Florentino Ariza reaparece pedindo a mão de Fermina Daza.

Não irei além disso, o que eu contei ocorre apenas nos capítulos iniciais. Li este livro há anos na biblioteca da escola e achei terno. Me pergunto, como o passado pode nos surpreender ou como podemos surpreender o futuro de alguém? O que carregamos na memória que agente não esquece por anos?

Pergunto a vocês, nesse dia dos namorados, o que acham desta forma de amar do Florentino Ariza? Vejo tantos casais que se divorciam (ou nem isso, pois nem uma certidão ou outro documento tiveram). Para termos uma noção maior, segundo pesquisas do IBGE, entre 1999-2009, aumentou de 25,6% para 37,9%, de casais com filhos maiores, o aumento foi de 12,0% para 24,0%, só havendo redução de divórcios para casais com filhos menores, num percentual de 43% para 31,4%. Já para o casamento, houve queda de 2,3% comparando o ano de 2009 com 2008


Fonte:

Marquez. Gabriel García, O Amor nos Tempos do Cólera. Editora Record. 2° edição
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1753

Para ler mais coisas do convidado do blog dessa semana, é só acessar http://cetere.blogspot.com

Feliz dia dos namorados! (por An Persa)

"Dois amantes podem viver juntos se eles não se entendem sobre a música, a pintura ou o futebol.
Mas se eles não se entendem no cinema, não dá.
É a relação do olho....
O que se convencionou chamar de real é, apesar de tudo, algo forte.
Podemos viver juntos se eu gosto de Beethoven e a outra pessoa de Céline Dion.
Mas se eu gosto de Hitchcock e o outro não, não será possível."

Godard

segunda-feira, 6 de junho de 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os Vencedores do Festival de Cannes ( Por Aline)


Depois de duas semanas repletas do melhor do cinema mundial atual finalmente foram revelados os ganhadores do 64º Festival Cinematográfico de Cannes, na França.

Palma de Ouro: "A árvore da vida", de Terrence Malick (EUA)
Atriz: Kirsten Dunst, por "Melancolia" (Dinamarca/Suécia/França/Alemanha)
Ator: Jean Dujardin, por "The artist" (França)
Diretor: Nicolas Winding Refn, por "Drive" (EUA)
Roteiro: "Footnote", de Joseph Cedar (Israel)
Grande prêmio: empate entre "O garoto de bicicleta" (Bélgica/França), de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, e "Once upon a time in anatolia" (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
Curta-metragem: "Cross country" (Inglaterra), de Marina Vroda
Prêmio Câmera de Ouro (para diretor estreante): "Las acacias" (Argentina/Espanha), de Pablo Giorgelli
Prêmio de Júri: "Polisse", de Maiwenn Le Besc (França)

sábado, 28 de maio de 2011

Historia da filosofia em 40 filmes e mais 40 filmes (por An Persa)

De 16 de maio de 2009 a 28 de fevereiro de 2010, no caixa cultural, rolou um curso livre e grátis que através de 40 filmes fazia um apanhado da historia da filosofia. Eu fui rigorosamente em todos os sábados e assistir a todos os 40 filmes e suas palestras.

Interessante foi ver, os 388 lugares do cinema ocupados em todas as sessões de sábados frios de chuva fina, e de sábados quentes de verão e praia. Fosse como fosse estávamos lá, uma grande turma de desconhecidos que se reunião nos sábados religiosamente às 10 horas da manhã, tudo por um amor em comum, o cinema e a filosofia. Fiz amigos, vez por outra os encontro nos cinemas. Eu os vejo, e é certo, lembro-me desse ano tão especial.

Bom, fico feliz em contar que vamos nos reunir mais uma vez, por mais 40 sábados iremos a nossa, sempre santa, mesmo que e por vezes diabólica, igreja. A mostra-curso segue por nove meses, sempre aos sábados, discutindo os dez temas filosóficos escolhidos pelos curadores-palestrantes Alexandre Costa e Patrick Pessoa para esta segunda edição.

Começou no sábado passado, 21 de maio de 2011, o curso livre de Historia da filosofia em mais 40 filmes. E até dia 24 de março de 2012, no teatro Nelson Rodrigues, av. Chile, 230, próximo ao Metrô da Carioca, os filmes começam às 10h e 30min. Ao final da exibição de cada filme, Alexandre Costa e Patrick Pessoa, alternadamente, proferem uma palestra, ao final da qual abrem espaço para o debate com o público.

O novo curso, assim como a edição anterior, irá por em pauta temas filosóficos fundamentais, e vamos porder assistir diálogos de cineastas como Bergman, Bertolucci, Hitchcock, Fassbinder, Scola, Resnais, Saura, Fellini, Ozu, Kubrick, Cassavetes, Hirszman e Godard, com importantes pensadores, entre eles Platão, Descartes, Kant, Marx, Nietzsche, Benjamin, Heidegger, Sartre e Foucault. A entrada é franca e a programação riquíssíma, cheia de filmes que dão vontade de fumar, mesmo que você não saiba tragar.

Os novos módulos temáticos são: “O perspectivismo”, “A (Má) Educação”, “O Estrangeiro”, “O Conformista”, ”A Técnica”, “A Arte”, “A Guerra”, “O Velho Oeste”, “O Brasil” e “O Amor”. Vamos então refletir sobre diferentes disciplinas filosóficas, tais como a metafísica, a epistemologia, a ética, a política e a estética.


Abrindo a mostra temos a reflexão sobre “O Perspectivismo” que parte de um fragmento de Nitzsche que põe em xeque tanto a crença em uma realidade objetiva existente em si mesma, quanto a crença em uma subjetividade transcendental comum a todos os homens. Os quatro filmes que integram este módulo permitem compreender o alcance ético, estético e ontológico do conceito de perspectivismo, central para todos os desdobramentos da Filosofia Contemporânea. As palestras mostrarão como Cidadão Kane do Orson Welles  (21/05) problematiza a existência de uma realidade/identidade dada em si mesma, para além das múltiplas possibilidades de interpretá-la; como Gritos e sussurros do Bergman (28/05) e O crepúsculo dos deuses de Billy Wilder (4/06) apresentam distintos modos de compreender e lidar com a morte ou com a fragilidade dos projetos humanos; e como Psicose de Hitchcock (11/06) relativiza qualquer delimitação rígida entre o normal e o patológico.

Me ocorreu a possibilidade de postar as minhas "anotações de aula" no blog.
Bom, confesso que ando desorganizada, mas prometo fazer isso a partir de semana que vem (4/jun) com o filme Crepúsculo dos Deuses de Billy Wilder. 

Confira a programação completa do curso:

ou
(o caixa cultural, além do curso, oferece outras programações de cinema muito boas como "Além das fronteiras: o cinema Suíço"; "20x Pornochanchada"; "Andy Warhol 16 mm" e "El deseo - O apaixonante cinema de Pedro Almodóvar").

E desde já convido minhas amigas do Striptease do pensamento pra uma sessão filme-palestra seguida de chopp na Lapa ou Feira do Lavradio, temos que tentar tirar do papel os planos de nos encontrar. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A banda mais bonita da cidade

Pra quem curte Beirut, tenho certeza que a paixão será imediata! Mas a banda não fica só beirutando por aí, não... É um conjunto de muitas coisas! Música; muita música! Criatividade, poesia e arte. Essa é A Banda mais Bonita da Cidade!




Como eles mesmos se definem "Composições Curitibanas. Construção, desconstrução e reconstrução de arranjos, de instrumentos."

Os artistas: Uyara Torrente, Rodrigo Lemos, Vinicius Nisi, Diego Plaça e Luis Bourscheid.
 
Não vou falar muito. A música do grupo já diz tudo. Espero que gostem!!




Pra saberem mais:

No Facebook...

No YouTube...


No Twitter...

Em outro blog.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desvio para o vermelho ( por Aline)



A instalação "Desvio para o vermelho", obra de Cildo Meirelles. É um espaço em vermelho que se torna extremamente saturado causando grande excitação sensorial.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Seleção Chaplin (por An Persa)

Pensei em por alguns vídeos do Chaplin no post anterior, até que percebi que eram muitos e que eu deveria fazer um post só pra isso.

Bom, tentei reduzir ao máximo que pude a quantidade de vídeos, e tentei não ser farofa. Mas isso é quase impossível já que todas as cenas do Chaplin já foram vistas, com certeza por todo mundo.

Digo isso, porque até meu priminho de dois anos, sabe quem foi o Chaplin porque quando viu a imagem do Carlitos na minha bolsa começou a imitar seu andar .



Essa é uma das cenas mais bacanas do cinema que estava deixando de ser mudo. Com toque de mestre Chaplin introduziu no seu filme o som sincronizado com os lábios dos personagens substituindo as vozes por zumbidos de insetos.

Dizem que isso aconteceu porque Chaplin teve medo de causar estranheza nos fãs de Carlitos ao dar agora sua voz para um personagem até então mudo.

Verdade ou não, achei essa uma sacada de mestre!
Ao menos ele pode brincar, mais uma vez, usar os recursos oferecidos pelo cinema para fazer graça agora de novas maneiras, com novos recursos.




Como está dito no filme do Bertolucci ao som de Ball n' Chains da Janis Joplin:

"quando Chaplin queria fazer uma bela tomada ele sabia fazer, melhor do que keaton, melhor do que qualquer um. Lembra da última tomada de Luzes da cidade? Ele olha pra florista e ela olha pra ele. E não se esqueça de que ela era cega, então ela está vendo ele pela primeira vez. E é como se, através dos olhos dela, nós também o víssemos pela primeira vez. Chalie Chaplin, Carlitos, o homem mais famoso do mundo, e é como se nós nunca o tivéssemos visto "

Seria um exagero??
Dizer que Chaplin é melhor que keaton talvez seja, prefiro ficar com o Bertolucci que disse no mesmo filme, na cena anterior a que descrevi, que keaton é melhor Chaplin. Não posso escolher.

Mas concordo com essa poética, a final não iria demorar muito tempo pra que a gente ouvisse a voz dele pela primeira vez!




Essa é a minha cena favorita em Tempos modernos.
Eis a voz do homem! Como não poderia deixar de ser, ao mostrar sua voz para o mundo Chaplin causa mais um impacto sonoro, canta em diversas línguas, inventa palavras, faz sua própria poesia que valoriza mais o nosso felling diante da sua expressão do que a palavra.





Essa é mais uma de minhas cenas favoritas do meu filme favorito do Chaplin, O Grande ditador, sem dúvida esse filme é o clássico dos clássicos do cinema.

Gosto dessa cena, porque ela mostra um humor muito chapliniano, sabe?
Um humor do jovem Chaplin, quando esse é um filme já muito sofisticado e maduro em termos de técnica, porque aqui, Chaplin já absorveu totalmente as novas diretrizes do cinema, agora falado, e mesmo seu discurso e o seu humor mostram-se menos ingênuos.

Vendo filmes do jovem Chaplin, Keaton e irmãos Marx notamos um humor alegre e ingênuo, o humor verdadeiro, quando podíamos rir de cenas com um homem vestido de mulher, ou alguém caindo.

Não me parece coincidência que o humor irônico apareça justamente num filme como esse, onde o personagem principal é a cara de Hitler.

Claro que as criticas podem parecer sutis, mas eu não vejo sutiliza nesse filme, sobretudo quando lembro que é uma obra do começo dos anos 40.

Mesmo que algumas cenas remetam á comédia pastelão, como é o caso desda que eu apresento, acho o filme bem irônico e sensível, claro, porque estamos falando de Chaplin.
Logo não posso negar que meu olhar espuma sempre que vejo o discurso final.





Por fim, essa musica é belíssima, e eu tenho um amor especial por ela, porque sempre me lembro que minha avó paterna estava a cantarolar.

Era engraçado porque ela só dizia Smile e completava com nananana nanana .

Chaplin (por An Persa)

Pensamos de Mais e Sentimos de Menos

Queremos todos ajudar-nos uns aos outros. Os seres humanos são assim. Queremos viver a felicidade dos outros e não a sua infelicidade. Não queremos odiar nem desprezar ninguém. Neste mundo há lugar para toda a gente. E a boa terra é rica e pode prover às necessidades de todos.

O caminho da vida pode ser livre e belo, mas desviámo-nos do caminho. A cupidez envenenou a alma humana, ergueu no mundo barreiras de ódio, fez-nos marchar a passo de ganso para a desgraça e a carnificina. Descobrimos a velocidade, mas prendemo-nos demasiado a ela. A máquina que produz a abundância empobreceu-nos. A nossa ciência tornou-nos cínicos; a nossa inteligência, cruéis e impiedosos. Pensamos de mais e sentimos de menos. Precisamos mais de humanidade que de máquinas. Se temos necessidade de inteligência, temos ainda mais necessidade de bondade e doçura. Sem estas qualidades, a vida será violenta e tudo estará perdido.

O avião e a rádio aproximaram-nos. A própria natureza destes inventos é um apelo à fraternidade universal, à união de todos. Neste momento, a minha voz alcança milhões de pessoas através do mundo, milhões de homens sem esperança, de mulheres, de crianças, vítimas dum sistema que leva os homens a torturar e a prender pessoas inocentes. Àqueles que podem ouvir-me, digo: Não desesperem. A desgraça que nos oprime não provém senão da cupidez, do azedume dos homens que têm receio de ver a humanidade progredir. O ódio dos homens há-de passar, e os ditadores morrem, e o poder que tiraram ao povo, o povo retomá-lo-à. Enquanto os homens morrerem, a liberdade não perecerá.

Charles Chaplin, 'Discurso final de «O Grande Ditador»'


Sem dúvida, uma das passagens mais bonitas do cinema!!!
Pra mim, esse cara de bigodinho e roupa fuleira foi o maior de todos os tempos...

Dono do olhar mais emocionante do cinema!! Que o diga o filme "Luzes da cidade"!

A fórmula Chaplin se reproduziu por ai, em forma de Chaves (que sem querer querendo, me emociona e faz rir na medida certa) e Didi mocó sonrisal, colestero e etc e etc... ( que cá entre nós, que bom que acabou, ou quase...), fora os Robertos Benignis...

Em todo caso, nenhum desses foi tão... TÃO, Chaplin quanto o Carlitos! Que faria 122 anos dia 16 de Abril.

Não me lembrei desta data sozinha, o google me ajudou, quando trocou seu logotipo por um vídeo para celebrar o aniversário de Chaplin.



De todo modo, meu cinema não poderia ficar sem Chaplin