Marcadores

sábado, 25 de setembro de 2010

"Estranhos no paraíso" do Tédio (por An Persa)

"Estranhos no Paraíso": quando eu assisti esse filme, que apesar de ser em P&B, foi produzido em 1984, me senti diante de uma grande obra filosófica. Depois descobri o motivo. O filme de Jim Jarmusch seria, "uma tradução cinematográfica minimalista de uma das obras capitais do existencialismo francê, O Estrangeiro, de Camus"*

A curiosidade não conseguiu matar a gata, que rápidamente foi em busca do que viria a ser um dos mais fieis amigos seus Camus... Um Deus tão grande!
Passei a assistir a esse filme com olhar totalmente "dirigido", onde, na primeira parte experimentamos junto com Eva o sabor de um mundo novo, os EUA, lugar para o qual a personagem húngara, passa a morar na casa de um primo, desocupado, que há tempos já estava estabelicido em Nova York. Os personagens dão início a uma nova vida, onde devem lidar com as estranhezas que lhes são causadas. Não se dando muito bem, e envenenados pelo tédio, os primos partem para visitar uma tia em Clevelend, com quem Eva passa a morar.
Na segunda parte, os personagens, um ano mais velhos, jogam pôquer entre amigos, quando são pegos tentando trapacear iniciam uma fuga, com direito a roubo de carro em diração ao velho oeste, resgate de moçinha e tudo mais. Na última parte, chegamos ao paraíso... quando os três personagens partem em uma aventura, imprevisível, que os levam à Florida.
Temos um perfeito "road-movie às avessas"*, com personagens entediados, incapazes de serem transformados pelas experiencias vividas, perfis que se deixam levar pelas circunstâncias, tendo em si apenas a indiferença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário