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sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval e nostalgia



Olá, pessoal!

Como foi o Carnaval? Espero que todos tenham se divertido muuuito!! :-)

Ainda em clima de nostalgia, a minha saudade  é carnavalesca. E, por isso, o meu post de hoje será sobre a nossa eterna sereia : CLARA NUNES.


Nascida em Paraopeba - MG, em 12 de agosto de 1943. Era filha de
Mané Serrador, um violeiro e cantador de folias-de-reis. Aos 16 anos foi para Belo Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Nessa época, já cantava no coral de uma igreja.
Em 1960, foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio, teve um programa exclusivo na TV Itacolomi; além de cantar em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano. Em 1965, foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba.

Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com músicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil cópias.

Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. Em 1973 gravou, na Europa, o LP Brasília e, no Brasil, o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. 

Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro, lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança. No ano seguinte, veio Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela.

Em 1981, lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou, em 1982, Nação - que seria seu último disco. Morreu em 02 de Abril 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.


Por sua forte ligação com a Portela,  eu escolhi o samba Macunaíma, do Carnaval de 1975. A letra é linda e extremamente criativa! E na voz da sereia Clara, a canção é divina! Um canto da alma!

 Clara Nunes na quadra da Portela.

Macunaíma

Clara Nunes

Composição: David Correa/Norival Reis
 
Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação. (2x)



(Portela apresenta)
Portela apresenta do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações.


Cy, a rainha mãe do mato
Macunaíma fascinou
E ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou.


Macunaíma índio, branco, catimbeiro
Negro, sonso, feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó. (2x)


Cy, em forma de estrela
A Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar.


Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreiro foi a sua salvação.


E derrotando o gigante
Era o Marques Piaimã
Macunaíma volta com a muiraquitã.


Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou.


Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação. (2x)

 





Espero que tenham gostado dessa nostalgia boa!

Todo o mundo pulando, porque ainda é sexta!! :)

Bjos,

Fabi.


4 comentários:

  1. POW! Bota nostalgia nisso!
    Meus pais curtiam muita a Clara Nunes, mas me lembro que quando eu era criança tinha medo da capa de um dos discos dela! hauhauah (nem adianta tentar lembrar qual era o disco)

    o paradoxo era que eu gostava, ou melhor, gosto muito das musicas dela!

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  2. A Portela é mesmo uma escola de samba como poucas! acho que hoje em dia os sambas das escolas não dão samba! Ou não dão sambas que possam tocar numa festa de natal...

    eita nostalgia braba!! Sempre passávamos o natal e o ano novo esquentando para o cranaval, dançando sambas de carnavais passadérrimos!

    Esse ano o carval teve um ar melancólico... não sei se foi pela chuva fina ou se foi só porque "esse ano o carnaval foi em março"

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  3. Também curto...

    adoro a música "as forças da natureza"!

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  4. kkkkk Ana, deve ser uma daquelas capas com cunho religioso, não? E o cabelão dela tb... Assusta!!! kkkk Que bom que vcs curtitam o post!! :) Eu amo a Clara Nunes!!!

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