Marcadores

quinta-feira, 31 de março de 2011

Meu Novo Homem ( por Aline)

Marcelo Jeneci invadiu a minha vida no final do ano passado, já indiquei música, já o escolhi como um dos melhores de 2010. Marcelo está na minha cabeça, nos meu ouvidos, nos meus pés e tem grandes chances de invadir meu coração. Por isso indico " Feito para Acabar"  de Marcelo Jeneci como álbum para ouvir, baixar,sentir, pensar e finalmente amar.


Eis o álbum:     http://www.4shared.com/file/N3MiO_1Z/Marcelo_Jeneci_-_2010.htm

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Sol e a Lua (por Aline)



Ele a viu
Na manhã mais azul.
Na teia
Do seu deslumbramento
Prendeu-se.
Quis encontrá-la,
Depois de uma noite de boêmia.
Ela, palidamente fugidia,
Respondeu-lhe:
- Não vês que já é dia?

O rei, então, convocou seu parlamento:
Estrelas, astros, o quanto há no firmamento.
-Impossível esse amor
E desastroso! Que seria do universo
No dia em que os dois se abraçassem?

Mas com argumento muito feminino,
A Terra assim falou:
- Que haveria de mal se o Sol e a Lua
Um dia se amassem?
O amor apenas insinua
Um beijo e um abraço.

Triangulo amoroso: luciana genro > Marcel < Dira Paes (por Menina Má)

Vendo meu twitter, percebi que não sou só eu quem tem uma certa tendencia a fantasias sexuais... escolhi uma bem bunitinha pra contar...

essa conta com a participação do http://twitter.com/#!/Marcelmmmmm que possui um romantismo que passeia entre o fisico clichê ao cognitivo animal, ou não...

vamos entender a história em 10 twitters

 Dira Paes em papel provocante, em Baixio das Bestas de Cláudio de Assis, protagonizando um show erótico no palco de um velho cinema abandonado.



@Marcelmmmmm Gente que é fã de mulher, é porque a mesma é bonita.
@Marcelmmmmm Única mulher que sou fã, é a Dira Paes

@Marcelmmmmm Inteligentassa


@Marcelmmmmm Mentira. Sou fã da Luciana Genro também
@Marcelmmmmm triangulo amoroso: Luciana genro; Marcel e Dira Paes
@Marcelmmmmm Abdico de um ano da minha liberdade pra ser escravo delas


Deputada mais votada em Porto Alegre,
apóia movimentos sociais, greves
e organizações de trabalhadores e jovens 

@Marcelmmmmm Já consigo pensar nos livros, nos roteiros, prevejo até um filme pornô baseado nesse um ano da minha suposta vida

@Marcelmmmmm dia 1: Dira me leva café da manhã. dormí deitado no chão. O porão é bem úmido. Ainda bem que trouxe minha bombinha

@Marcelmmmmm Dia 5: Dira e Luciana brincaram comigo por horas, Pedí pra ser desamarrado.Então elas me derrubaram e me pisaram com seus saltos agulha
*eu tendo inutilmente tocar as nádegas de Dira enquanto faço um elogio atrevido

@Marcelmmmmm Dira Paes: "rabão pra que? tenho um 'céeeeelebro'"

@Marcelmmmmm Aos que acharam isso muito forte. Voltem à colar os seus posters da SHAKIRA melados na parede =X



Bom, eu gostei da idéia!
Porque não nos contar mais sobre os outros dias?

terça-feira, 22 de março de 2011

Godard e a ficção como documento parte III (por An Persa)

Tornando a questão mais clara e menos filosófica:


Usaremos dois filmes hollywoodianos clássicos. O primeiro é E.T. de Steven Spielberg. Excluindo-se a questão de um governo que persegue até o que não é uma ameaça, temos no final do filme uma tensão entre crianças e polícia. Quando as crianças fogem de bicicleta com o E.T. a polícia arma uma barricada para esperar por eles, com armamento pesado na mão.

O mundo, então, saído do pós guerra convivia com a violência em uma escala global, o filme se torna o registro, o documento de uma cultura, de um pensamento. Seria então, um tempo anterior a “Tiros em Columbine”.



Quando E.T. foi relançado nos cinemas em comemoração aos seus 20 anos, as armas deram lugar a comunicadores. A associação entre polícia, armamentos e crianças foi desfeita devido à mudança de valores, bem explorada em Elephant, de Gus Van Sant.

O outro exemplo é King Kong, morto fuzilado no original de 1933 e na sua refilmagem em 1976 quando o roteiro foi adaptado e trazido para a década de 70. A morte violenta de Kong é acentuada, já que no original preto e branco o sangue não pareceria tão real.
Na versão de Peter Jackson feita em 2005, Kong é humanizado e colocado como um herói entre os dinossauros sobreviventes na ilha. Ao equipará-lo ao “humano” e diferenciá-lo do “passado perdido” Jackson faz um registro da mudança de pensamento ecológico nesses 20 anos. No final Kong não escapa dos tiros, mas devemos lembrar que o diretor não trouxe Kong para 2005, mantendo a ação em 1933, justificando a ideia de ameaça sem criar conflitos na lógica do filme.
 
Falar de King Komg me fez lembrar ainda de outro filme, Jurassic Park, em que Spielberg em momento algo usa armas contra os dinossauros e sim dardos tranqüilizantes. As mortes, então, ocorrem somente através da ação do instinto dos animais.
 

Vemos, assim, que cada filme, em seu tempo possui no decorrer da sua película o pensamento de um grupo.

Fica então a pergunta, se Godard pensasse em fazer um projeto semelhante hoje, o que ele escolheria como símbolo da documentação?

Ao meu ver ele escolheria a própria realidade, sendo o Big Boss em um big brother cinema, tal qual ele mostrou em Film socialism, praticamente sem roteiro, ou atores profissionais, e como sempre repleto de citações, desta vez reproduções feitas pelo próprio diretor.

Sim, penso que mais uma vez ele brincou com a tensão entre realidade e ficção, desta vez de um modo ainda mais acentuado, o que é bem lógico, frente a lógica filmografia do diretor.


Para Baixar:


Gus Van Sant transforma em filme o Massacre de Columbine, ocorrido em 1999, o diretor não quer descobrir o motivo disto ter ocorrido, ele apresenta argumentos.
O filme tem ritimo lento, mas funciona bem para nos fazer entender as idéias do diretor.

Godard e a Ficção como documento parte II (Por An Persa)

No filme, Godard propõe o rompimento das fronteiras entre documentário e ficção ao se apresentar como autor e personagem.

Quando o personagem aparece em cenas com uma máquina de datilografar, o diretor registra um equipamento destinado à extinção.

Outra cena tipicamente godariana, mais uma vez transforma os personagens em material de arquivo: quando o diretor mistura o som das teclas da máquina de escrever do personagem com imagens de soldados atirando, (a palavra é arma do diretor e do personagem), duas tecnologias de ponta que virariam peças de museu (armas e máquina de escrever... e de uma certa forma, a palavra também).

Vemos então imagens de arquivo, com registros de soldados na guerra, uma guerra real com armas reais que, assim como a "interpretação" de um objeto personagem, a máquina de escrever, essencial nos anos 80.


 
Para baixar:

Neste site você encontra não só todos os epsódios do filmes Histórias do cinema, assim como outras obras importantes do diretor e links para baixar filmes de outros diretores.  


Godard e a Ficção como documento: parte I (por An Persa)

Em uma das diversas mostras de cinema realizadas pelo caixa cultural do Rio de Janeiro, pude assistir ao brilhante História(s) do Cinema, do Godard, uma das muitas obras primas do diretor, depois de muito procurar finalmente encontrei o filme para baixar e finalmente pude assisti-lo com a devida atenção que todo filme Godariano requer.

Nele, o diretor realiza aos baldes, coisa que costuma fazer nos seus filmes, citações. Godard captura cenas de filmes, imagens de obras de arte, frases e poesias, e reorganiza os trechos com a seu critério, ou seja, em uma ordem aparentemente subjetiva.

As citações comuns aos filmes do Godard, nos levam a uma reflexão a partir da transformação do “arquivo histórico” em personagem. Neste filme, assim como em Zelig do Woody Allen essa transformação é potencializada, cada obra com fins diferentes, mas que nos levam a mesma análise. A manutenção da vitalidade do arquivo, transformando-o em personagem, assim como o movimento de transformação do personagem propriamente dito em arquivo.

Em outras palavras, falamos da questão que é imediatamente levantada quando assistimos ao precioso curta “O inspetor” do brasileiro Arthur Omar: as fronteiras entre a ficção e documentário.


A teoria de que o indivíduo não consegue ser ele mesmo diante da observação do outro, tornaria a idéia de documentário algo impuro, uma vez que o olhar se transforma em câmeras e equipes. Essa idéia se vulgarizou muito rapidamente com os reality shows.

Se pegarmos como documento o registro de um fato sem uma interpretação, a teoria faz sentido. Analisando, porém, a visão do diretor como uma interpretação de um roteiro, a questão perde o foco. Woody Allen fez isso brilhantemente por duas vezes, em Take de Money and run de 1969 e em Zelig de 1983. Em ambos os filmes Allen explora a flexibilização do espaço narrativo e documental chegando próximo ao documentário-comédia. Michael Moore também caminhou nesse campo em Fahrenheit 9/11.

O interessante é que essa fronteira pré-determinada pode ser rompida tanto de um lado quanto de outro, e a ficção absoluta pode ser pega como uma verdadeira obra documental.
 
 
Para baixar:
 
Infelismente só tenho um dos filmes citados, mas vale muito a pena!
 
Take de Money and run:
 
 
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval e nostalgia



Olá, pessoal!

Como foi o Carnaval? Espero que todos tenham se divertido muuuito!! :-)

Ainda em clima de nostalgia, a minha saudade  é carnavalesca. E, por isso, o meu post de hoje será sobre a nossa eterna sereia : CLARA NUNES.


Nascida em Paraopeba - MG, em 12 de agosto de 1943. Era filha de
Mané Serrador, um violeiro e cantador de folias-de-reis. Aos 16 anos foi para Belo Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Nessa época, já cantava no coral de uma igreja.
Em 1960, foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio, teve um programa exclusivo na TV Itacolomi; além de cantar em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano. Em 1965, foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba.

Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com músicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil cópias.

Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. Em 1973 gravou, na Europa, o LP Brasília e, no Brasil, o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. 

Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro, lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança. No ano seguinte, veio Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela.

Em 1981, lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou, em 1982, Nação - que seria seu último disco. Morreu em 02 de Abril 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.


Por sua forte ligação com a Portela,  eu escolhi o samba Macunaíma, do Carnaval de 1975. A letra é linda e extremamente criativa! E na voz da sereia Clara, a canção é divina! Um canto da alma!

 Clara Nunes na quadra da Portela.

Macunaíma

Clara Nunes

Composição: David Correa/Norival Reis
 
Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação. (2x)



(Portela apresenta)
Portela apresenta do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações.


Cy, a rainha mãe do mato
Macunaíma fascinou
E ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou.


Macunaíma índio, branco, catimbeiro
Negro, sonso, feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó. (2x)


Cy, em forma de estrela
A Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar.


Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreiro foi a sua salvação.


E derrotando o gigante
Era o Marques Piaimã
Macunaíma volta com a muiraquitã.


Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou.


Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação. (2x)

 





Espero que tenham gostado dessa nostalgia boa!

Todo o mundo pulando, porque ainda é sexta!! :)

Bjos,

Fabi.