Marcadores

sábado, 14 de setembro de 2013

Invocação do mal / sexta feira assustadoramente 13 (por: An Persa)


Uma pena ter sido dublado


Desde os anos de 1950, o casal americano Lorraine e Ed Warren investiga os mais assombrosos casos paranormais, fundaram um centro de pesquisa, escreveram uma série de livros e ainda instalaram um museu de artefatos amaldiçoados no quintal de sua casa, em Connecticut.
Ed morreu em 2006, mas Lorraine está ainda na ativa, fazendo participações especiais em programas de TV.
O casal soma mais de 10 mil casos solucionados, muitos dos quais, os próprios, provaram serem fraudes, incluindo aí a delirante história de Amytiville, que mais tarde (1979) viraria uma franquia para o cinema, com refilmagem em 2005. "Invocação do mal", é o primeiro roteiro a sair da gama de historias que envolve o casal Warren.

Assisti esse filme na adorável sexta feira 13 (setembro/2013), pensei que fosse passar por divertidos momentos de suspense, com alguns gritinhos de susto, como é de tradição, mas eu fiquei realmente emocionada com o filme, que somou, uma boa historia de terror, excelentes interpretações, e uma direção bastante criativa, que foi capaz de contar a historia de modo a deixar o espectador um tanto, flutuando no tempo até que possa se localizar no momento em que a vida dos personagens se encontram.

No filme o casal Warren foi interpretado, com muita verdade, por Vera Farmiga (Lorraine) e Patrick Wilson (Ed), que partem para ajudar Carolyn (personagem da brilhante atriz Lili Taylor) e Roger Perron (Ron Livingston) e suas quatro filhas, pois A família começa a vivenciar casos inexplicáveis ao se mudar para um casarão do século 19, em Rhode Island. 

Além do mau cheiro que vaga pela casa, a filha mais nova ganha um "amiguinho imaginário", enquanto sua irmã (da mesma faixa de idade) vaga sonâmbula pela madrugada. Marcas aparecem no corpo da mãe das crianças, e sua filha pré adolescente se desespera com um vulto que ninguém nota. Tudo acontece sempre a mesma hora 3:07 da madrugada, quando todos os relógios da casa param e ruídos e batidas apavorantes deixam a familia inquieta. 

James Wan, o diretor, assina também por "Jogos mortais" (o meu suspense favorito) e "Sobrenatural". Agora sim, entendo o motivo de ter ficado tão tensa e inquieta com esse filme. James tem um grande talento pro terror, carrega seus filmes de um clima noir poderoso, de modo Hitchcockiano retira proveito do som, da luz, para aumentar o suspense das cenas, reconstruindo a realidade fantastica que esperamos de um filme de terror.

O roteiro dos irmãos Chad e Carey Hayes (de "Colheita do mal"), é uma meia verdade. Soube que o casal  Ed e Lorraine, na realidade, foram expulsos da casa antes do desfecho. O que, pra mim, imaginar o filme com o final da historia verdadeira, teria sido ainda mais inquietante por deixar o espectador ainda submerso nessa realidade assustadora. O final que vemos no filme, nos faz retornar para a realidade tranquila junto com os personagens. 

A produção é considerada um sucesso e vai (graças a Deus) virar franquia (com uma sequência já anunciada), pois, o que não falta para Lorraine são histórias para contar, incluindo a da medonha Annabelle, a boneca demoníaca que tem participação especial (e inesquecível) neste filme. 

Bem, não vejo a hora de assistir nos cinemas  mais uma historia do casal Warren, e espero que o meu namorado não sofra tanto nos próximos filmes, pois o que mais fiz, foi aliviar a tensão apertando a mãos e braços dele, e dando cabeçadas em seu peito pra esconder o rosto.
Não, meus movimentos não foram friamente calculados.
E, pra você que vai assistir, caso haja alguma doida gritando a cada troca de cena, no cinema, pode ser eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário